Fibroxantoma atípico é um câncer de pele raro que pode ser curado com o tratamento adequado. É um tumor de bom prognóstico, mas que pode, raramente, dar metástases.
Características do fibroxantoma atípico
Local do corpo: em geral o tumor aparece nas regiões expostas à radiação ultravioleta ocorrendo com maior frequência em região de cabeça e pescoço (80%) sendo menos frequente em tronco e membros (20%).
Sexo: O fibroxantoma atípico acontece com maior frequência em homens (70% dos casos)
Idade: Nos casos que aparecem em cabeça e pescoço a faixa etária média é de 70 anos. Já nos casos de tronco e membros a faixa etária é mais jovem, com idade média de 40 anos.
Imunosupressão: O fibroxantoma atípico é mais frequente em pessoas com leucemia ou transplante de órgãos.
Como reconhecer um fibroxantoma atípico
O fibroxantoma atípico não é uma lesão característica, sendo o diagnóstico clínico muito difícil. Em geral é um nódulo (bolinha) avermelhado, que pode ter um crescimento rápido, podendo ulcerar, exibindo um aspecto de ferida que não cicatriza. Por estas características, o firbroxantoma atípico se confunde com carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e carcinoma de Merkel. Para o diagnóstico definitivo é fundamental fazer uma biópsia da lesão.
Tratamento do fibroxantoma atípico
O fibroxantoma atípico raramente metastiza, menos de 0,5% dos casos. Contudo é um tumor que pode recidivar caso não seja excisado completamente, recidivas acontecem em 7 a 10% dos casos.
O tratamento de escolha é a remoção cirúrgica do tumor com margens de segurança! Pelo potencial de recidiva, um bom método de tratamento é a cirurgia de Mohs que tem maiores índices de cura, com menores taxas de recidiva. Além de uma taxa de cura mais alta, a cirurgia micrográfica de Mohs permite margens menores, com defeito cirúrgico menor o que é muito importante visto que a maioria dos tumores acontecem na face e couro cabeludo.
Considerações finais
Fibroxantoma atípico é um câncer de pele raro, que pode ser curado com o tratamento adequado. O risco de metástases é baixo (0,5%), mas existe o risco de recidiva local (7-10%). O melhor tratamento é a cirurgia micrográfica de Mohs. O risco de metástases e de recidiva e maior em pessoas com problemas imunológicos, como por exemplo transplantados renais ou pessoas com linfoma/leucemia.
Referências bibliográficas
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